1. Sadismo:
Segundo Silveira Bueno “sadismo” quer dizer:
“Perversão dos que,
para atingirem o prazer sexual,
praticam atos de crueldade.”
O agressor, para se satisfazer sexualmente, necessita provocar dor na vítima.
Esta dor pode ser física ou emocional.
Exemplo de dor física: espancamento, cortes, queimaduras, etc.
Exemplo de dor emocional: humilhar, imprimir pânico e terror, etc.
A intensidade dessa prática pode variar de níveis, oscilando entre uma simples fantasia à tortura e flagelação bárbara.
A origem histórica do nome “sadismo” vem do marquês de Sade (1740-1814) que, para obter prazer sexual, tinha como prática flagelar sexualmente suas vítimas.
F.A.S.P. (9 anos) foi espancado com corda, cinto e pau. Também teve os pés, as mãos e a boca amordaçada. Foi vítima de abuso sexual pelo primo G. (Caso CECOVI, denúncia recebida em 12/06/2001).
2. Ameaça:
Embora não empregue o uso da força física, o agressor consegue fazer com que a vítima consinta no abuso sexual através de violência psicológica, causando sofrimento intenso à mesma e abalando sua área emocional de forma significativa.
As ameaças variam de foco, podendo recair sobre a pessoa da própria vítima ou sobre pessoas que ela ama.
Quanto menor a idade da vítima, mais a ameaça surtirá efeito. É da natureza da criança ser crédula, levando sempre muito a sério o que os adultos dizem.
3. Indução da vontade:
Nem sempre o agressor usa a força física ou ameaças para abusar sexualmente da criança ou adolescente.
Quanto maior for o grau de habilidade do agressor menor será o uso de força ou ameaça para a efetivação do abuso sexual.
Alguns preferem manipular os sentimentos da vítima, através de promessas, presentes, favores e concessões de privilégios.
A criança não deve de forma alguma ser culpabilizada. Ela sempre deve figurar na relação incestuosa como vítima, isso porque ainda se encontra em estágio de desenvolvimento físico e amadurecimento emocional incompleto, não tendo portanto condições psicológicas para se proteger de um ataque sedutor de um adulto experiente e manipulador.
Fonte:
Maria Leolina Couto Cunha
Especialista na Área do Enfrentamento da
Violência contra Crianças e Adolescentes
Professora Universitária. Advogada. Master
Coach. Analista Comportamental.
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