os sapatos sujos numa mulher sentada do outro lado dele, ela dissesse à senhora de cinza: Desculpe, mas quer fazer seu filho tirar os pés do banco? Os sapatos dele estão sujando meu vestido”. A mulher de cinza ficou vermelha. Depois, deu um pequeno empurrão no menino e falou: ‘Ele não é meu filho. Nunca o vi antes.’ O menino se encolheu todo. Era tão pequeno, com os pés balançando por não alcançarem o chão. Baixou os olhos e tentou desesperadamente conter um soluço. ‘Sinto muito ter sujado seu vestido’, disse ele à mulher, ‘eu não queria fazer isso.’ ‘Ah, não faz mal’; respondeu ela meio embaraçada. Depois, como os olhos dele ainda estavam pregados nela, acrescentou: ‘Você vai indo a algum lugar sozinho?’ ‘Sim’, ele acenou com a cabeça. ‘Sempre ando sozinho. Não tenho ninguém. Não tenho ninguém. Não tenho mãe nem pai. Os dois morreram. Eu vivo com a tia Clara, mas ela diz que a tia Odete devia tomar conta de mim parte do tempo. Quando ela fica cansada de mim e quer ir a algum lugar, ela me manda ficar com a tia Odete.’ ‘Você então vai indo para a casa da tia Odete agora?’ disse a mulher. ‘Sim’, replicou o garoto, ‘mas algumas vezes a tia Odete não está em casa. Espero que esteja hoje, porque parece que vai chover e eu não quero ficar na rua na chuva.’ A mulher sentiu um nó na garganta enquanto dizia: ‘Você é ainda muito pequeno para ficar indo de cá para lá desse jeito.’ ‘Oh, não me importo’, respondeu. ‘Nunca me perco. Mas às vezes fico triste. Quando eu vejo então alguém a quem gostaria de pertencer, eu sento bem perto da pessoa e faço de conta que pertenço de verdade a ela. Eu estava fazendo de conta que pertencia a esta outra senhora quando sujei seu vestido. Esqueci-me de meus pés.’
BEM-VINDO!!!
terça-feira, 24 de junho de 2014
O sentimento de pertencer é uma das nossas necessidades psicológicas
mais profundas. DRESCHER (1997), conta uma história comovente a esse respeito:
“Há
alguns anos o jornal New York Times publicou uma história de interesse humano
sob o título ‘Ele gostaria de pertencer’. O artigo falava de um menino que
viajava de ônibus na cidade. Ele estava ali sentado, perto de uma senhora de
cinza. Naturalmente todo mundo pensava que ele estava com ela. Não é de admirar
então que ao esfregar
os sapatos sujos numa mulher sentada do outro lado dele, ela dissesse à senhora de cinza: Desculpe, mas quer fazer seu filho tirar os pés do banco? Os sapatos dele estão sujando meu vestido”. A mulher de cinza ficou vermelha. Depois, deu um pequeno empurrão no menino e falou: ‘Ele não é meu filho. Nunca o vi antes.’ O menino se encolheu todo. Era tão pequeno, com os pés balançando por não alcançarem o chão. Baixou os olhos e tentou desesperadamente conter um soluço. ‘Sinto muito ter sujado seu vestido’, disse ele à mulher, ‘eu não queria fazer isso.’ ‘Ah, não faz mal’; respondeu ela meio embaraçada. Depois, como os olhos dele ainda estavam pregados nela, acrescentou: ‘Você vai indo a algum lugar sozinho?’ ‘Sim’, ele acenou com a cabeça. ‘Sempre ando sozinho. Não tenho ninguém. Não tenho ninguém. Não tenho mãe nem pai. Os dois morreram. Eu vivo com a tia Clara, mas ela diz que a tia Odete devia tomar conta de mim parte do tempo. Quando ela fica cansada de mim e quer ir a algum lugar, ela me manda ficar com a tia Odete.’ ‘Você então vai indo para a casa da tia Odete agora?’ disse a mulher. ‘Sim’, replicou o garoto, ‘mas algumas vezes a tia Odete não está em casa. Espero que esteja hoje, porque parece que vai chover e eu não quero ficar na rua na chuva.’ A mulher sentiu um nó na garganta enquanto dizia: ‘Você é ainda muito pequeno para ficar indo de cá para lá desse jeito.’ ‘Oh, não me importo’, respondeu. ‘Nunca me perco. Mas às vezes fico triste. Quando eu vejo então alguém a quem gostaria de pertencer, eu sento bem perto da pessoa e faço de conta que pertenço de verdade a ela. Eu estava fazendo de conta que pertencia a esta outra senhora quando sujei seu vestido. Esqueci-me de meus pés.’
os sapatos sujos numa mulher sentada do outro lado dele, ela dissesse à senhora de cinza: Desculpe, mas quer fazer seu filho tirar os pés do banco? Os sapatos dele estão sujando meu vestido”. A mulher de cinza ficou vermelha. Depois, deu um pequeno empurrão no menino e falou: ‘Ele não é meu filho. Nunca o vi antes.’ O menino se encolheu todo. Era tão pequeno, com os pés balançando por não alcançarem o chão. Baixou os olhos e tentou desesperadamente conter um soluço. ‘Sinto muito ter sujado seu vestido’, disse ele à mulher, ‘eu não queria fazer isso.’ ‘Ah, não faz mal’; respondeu ela meio embaraçada. Depois, como os olhos dele ainda estavam pregados nela, acrescentou: ‘Você vai indo a algum lugar sozinho?’ ‘Sim’, ele acenou com a cabeça. ‘Sempre ando sozinho. Não tenho ninguém. Não tenho ninguém. Não tenho mãe nem pai. Os dois morreram. Eu vivo com a tia Clara, mas ela diz que a tia Odete devia tomar conta de mim parte do tempo. Quando ela fica cansada de mim e quer ir a algum lugar, ela me manda ficar com a tia Odete.’ ‘Você então vai indo para a casa da tia Odete agora?’ disse a mulher. ‘Sim’, replicou o garoto, ‘mas algumas vezes a tia Odete não está em casa. Espero que esteja hoje, porque parece que vai chover e eu não quero ficar na rua na chuva.’ A mulher sentiu um nó na garganta enquanto dizia: ‘Você é ainda muito pequeno para ficar indo de cá para lá desse jeito.’ ‘Oh, não me importo’, respondeu. ‘Nunca me perco. Mas às vezes fico triste. Quando eu vejo então alguém a quem gostaria de pertencer, eu sento bem perto da pessoa e faço de conta que pertenço de verdade a ela. Eu estava fazendo de conta que pertencia a esta outra senhora quando sujei seu vestido. Esqueci-me de meus pés.’
Essa criança, através de sua triste história de carência e
abandono, revela a todos nós uma necessidade básica universal de todo ser humano,
que é o sentimento de pertencer.
Fonte:
Maria Leolina Couto Cunha
Especialista na Área do Enfrentamento da
Violência contra Crianças e Adolescentes
Professora Universitária. Advogada. Master
Coach. Analista Comportamental.
Diretora Presidente CELC. Coordenadora Nacional CECOVI
Referência
Bibliográfica:
DRESCHER, John M. 1997. Sete Necessidades Básicas da Criança. Editora
Mundo Cristão. São Paulo – SP.
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